Depois de críticas às medidas puramente contabilísticas do anterior governo, eis que este prescinde de um sector fundamental como a energia.
A grande questão que se coloca na mente de todos é a seguinte:
Quem será o ministro que depois irá para o centro de decisão da Galp?
Abdicar assim da presença estratégica numa empresa que dá lucro em Portugal é estranho. Além de estrategicamente estranho, é o também porque a empresa dando lucro seria uma fonte segura de receita para o Estado, afinal o Estado deve andar com as contas maravilhosas para se dar a esse luxo. Vamos abdicando de sectores estratégicos e depois perdemos a capacidade de os regular, depois se as pessoas dizem que é muito caro nada feito porque o Estado não pode (nem quer) regular abusos cometidos numa empresa em que único poder que tem é o de mandar umas bocas, sem poder efectivo de decisão.
Ao ler que ganhamos 2.4 mil milhões de euros podia também ler que ganhámos dinheiro rápido e perdemos um fonte de financiamento do Estado, logo quem foi enrabado…pois claro…ainda por cima este governo enraba mas depois não depois não quer casar.
As medidas de curto prazo são sempre assim, dão um cabeçário de um jornal porreiro mas depois aqueles que mais precisam do Estado vão ver aonde corta o mesmo quando faltar essa mesma fonte de financiamento.
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Só há uma razão possível: quando estes ministros sairem do governo (para alguns não falta muito) vão ter tacho nas empresas privatizadas.
Tipo o Rui Pina na Iberdrola. E não só.
Coitados é o fado deles...eles não queriam mas em de ser.
Enviar um comentário