Recebi por email um pedido de uma amiga que tem um filho autista. Em vez de apresentar eu a situação, fica aqui o apelo pelas palavras da própria!
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Tenho o meu filho internado em Psiquiatria no Hospital de Aveiro. Estar no hospital já não é nada agradável, agora imagina o Serviço de Psiquiatria! Assim, e como já me deves conhecer, há coisas que não tolero. Sou muito paciente em tudo e tenho aguentado a barra sozinha, mas agora chegou a hora de dizer basta. Incitada pelas condições desumanas (suponho que este termo não é assim tão forte para a realidade que lá existe) em que estão os doentes de Psiquiatria e os profissionais de Saúde daquele Serviço, escrevi um artigo para o jornal Público, cuja publicação ansiosamente aguardo, na secção das cartas ao Director (como me foi garantido). Amanhã também segue uma carta para o Senhor Presidente da República. O tema das minhas missivas tem a ver com o ex-Centro de Saúde Mental em S. Bernardo, pois é inadmissível, tal como disse ao Sr. Presidente, haver terrenos do Estado a apodrecer enquanto 33 doentes, porque não há espaço para mais, estão emparedados numa ala de Hospital sem ar fresco e céu. Face ao que te disse, preciso de todos vós, ou melhor, sem politiquices nem outra qualquer cor, Aveiro precisa de um lugar condigno para aqueles que não o podem pedir e seremos todos nós a pedir em nome deles. Que quero eu de ti afinal? Que leias a carta e que divulgues ao máximo esta intenção, pois sei que és filho de Aveiro e meu amigo.Sei que o meu pedido não vai esmorecer em ti nem naqueles a quem eu já falei e que se predispuseram ajudar, porque o caso não passa só pelo encerramento de S. Bernardo, que já foi, mas de muitas Instituições, nomeadamente o Casci, que eles, gostariam de ver encerrado e os pais que se amanhem, pois segundo alguém proferiu a seu tempo e em outras circunstâncias, mas não a mim, não estamos aqui para resolver todos os problemas do mundo."
Resta-me pedir a colaboração de todos e remeter-vos para o
modus operandi do Governo no que respeita estas matérias, que se encontra na
Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2008.
P.S. - Como é óbvio, esta resolução tem pouco de resoluto, se é que me faço entender.