sexta-feira, novembro 28, 2008

quarta-feira, novembro 26, 2008

Intimidação persecutória

O Dissidente Pedro Silva foi notificado pela PSP a propósito da exposição no seu blogue do seu desagrado perante os serviços prestados pelo Hospital Amadora Sintra. O método não é novo, perante a insatisfação alheia a intimidação é o caminho a seguir. Independentemente da linguagem ou tom usados na reclamação, é repulsiva a ideia de que isso pode ser criminalizado, a liberdade de expressão é sempre incomóda e assinale-se que ao invés do diálogo recorre-se à intimidação. São metódos bastante comuns em personagens de qualidade incontestável como: Pinto da Costa, Alberto João Jardim...

terça-feira, novembro 25, 2008

sexta-feira, novembro 21, 2008

Grande Reportagem SIC: "O Contrato"

No dia 16 de Novembro, a SIC emitiu “O Contrato”, uma grande reportagem, sobre o trabalho precário que contou com a participação do FERVE e dos Precários Inflexíveis. Este trabalho conta também com a participação da CGTP, da UGT, da Autoridade para as Condições de Trabalho e do Ministro do Trabalho, Vieira da Silva.

Podem ver a reportagem “O Contrato” aqui:

sic.aeiou.pt/online/noticias/programas/reportagem+sic/Video/

Reportagem: Miriam Alves e Jorge Pelicano (imagem)
Edição de imagem: Marco Carrasqueira
Grafismo: Alexandre Ferrada
Produção: Anabela Bicho; João Nuno Assunção
Coordenação: Cândida Pinto
Direcção: Alcides Vieira

Via FERVE

Vamos caçar gambozinos?

Não é bem disso que trata este vídeo... mas anda lá perto!
Foi baseado no programa de televisão "Mythbusters" ou "Caçadores de Mitos" que, para quem não conhece, põe à prova diversos "mitos" submetendo-os à experimentação científica.
Neste caso resolvi fazer algo de semelhante com alguns do "mitos" da governação Sócrates. Acabei por cingir a escolha a 3: a promessa de criação de 150 mil empregos, a promessa de não subir impostos e, finalmente, o de andarmos a trabalhar para ter um país mais pobre. Todos eles foram submetidos a uma rigorosíssima (cof cof) experimentação factual e científica, por isso não há lugar para enganos e muito menos para dúvidas!

NB: Liguem o som porque dentro do vídeo aparecem vários "clips"!

quarta-feira, novembro 19, 2008

Desonestidade

Não subscrevo o aproveitamento político que tem sido feito por alguma esquerda das declarações de Manuela Ferreira Leite. A inabilidade de MFL deve ser comentada enquanto inabilidade e não aproveitando para descontextualizar o que esta disse. Rui Tavares mencionou, em comentário à Sic Notícias, que MFL terá dito que "não acreditaria em reformas em democracia" (a transcrição não é textual mas é fiel ao conteúdo). Acontece que Rui Tavares prestou um péssimo serviço ao debate público ao descontextualizar o que realmente foi dito, porque o que realmente foi dito foi que não acreditaria em reformas impostas, em democracia, sobre a vontade dos profissionais alvo. Ser sério implica não ter uma camisola vestida, o clube de esquerda não se pode contentar em descontextualizar declarações dos seus opositores para mais facilmente os derrubar.

terça-feira, novembro 18, 2008

Não me venham dizer que não há!

Se, por alguma carga de demónios, a equipa do ME está convencida que não existe outro modelo de avaliação de professores (como já fizeram questão de afirmar por várias vezes), vejam ao menos o Telejornal que a Rita Marrafa de Carvalho explica como se faz por essa Europa fora:

segunda-feira, novembro 17, 2008

Recuemos até ao dia 8 de Novembro

Nesse dia, pelas 11h da manhã este vosso coexistente encontrava-se num autocarro rumo a Lisboa, para a manif dos 120 mil. Pelo caminho, na Antena 3, tive oportunidade de ouvir o programa "Nuno & Nando", da autoria de Nuno Markl e Fernando Alvim.
Apesar de gostar destas duas personagens, não tenho por hábito ouvir este programa, não porque os meus sábados de manhã sejam trabalhosos, mas porque a esta hora ainda me encontro a dormir!
O programa deste dia, obviamente, incidiu sobre a profissão docente e os convidados foram um professor e uma ex-aluna do mesmo: ou se quisermos chamá-los pelos nomes Rui Zink e Sílvia Firmino, respectivamente.
Sendo assim, posso dizer que gostei bastante do programa e se calhar, aos sábados de manhã passarei a acordar um pouco mais cedo!

Podem ouvir o programa na íntegra AQUI e AQUI.

quinta-feira, novembro 13, 2008

Eu peço desculpa MAS...

...alguém devia explicar à Sr.ª Ministra o valor da conjunção MAS. Como ninguém parece muito importado com isso, aqui vai uma brevíssima abordagem gramatical:
MAS é uma palavra classificada morfologicamente como "Conjunção (por ligar duas orações) coordenativa (da mesma natureza) adversativa (que indica oposição)".
No entanto (mais uma adversativa, agora usada por mim), a ministra pediu desculpa MAS irá continuar o seu rumo pois isso é do interesse do país, dos alunos e das escolas.

Ora, como se já não bastasse a incongruência de fazer um pedido de desculpas seguido da conjunção “mas”, ainda se tenta convencer a si própria (porque não engana mais ninguém) que está a desempenhar o papel de salvadora da nação. Escusado será dizer que “salvadores da pátria” já por cá apareceram alguns e os resultados não foram nada positivos. Para além disso, não deixa de ser uma falácia argumentativa das mais básicas usar o interesse do país, quando parte dele (os professores) saiu à rua para mostrar que quer avaliação mas não com este modelo.
Este pedido de desculpas com o "MAS" logo a seguir faz-me lembrar aquela personagem do Herman que ainda se encontra pela Internet e que dizia assim:


Transcrição do discurso da ministra: "Peço desculpa, peço desculpa aos srs. professores por ter causado tanta desmotivação MAS é do interesse do país, é do interesse dos alunos, é do interesse das escolas!"

Transcrição do discurso da personagem do Herman: "Eu peço desculpa, eu peço desculpa, eu peço desculpa, desculpa MAS eu, eu é s... eu... Eu é que sou o Presidente da Junta!"

Haja pachorra!

quarta-feira, novembro 12, 2008

Então Zé?!?!?!

Parece que o autarca modelo do Bloco, o candidato independente Sá Fernandes, não está a cumprir um mandato de acordo com as linhas orientadoras (que apesar de tudo ainda são amplas) do BE. Candidato independente ou não, tem de facto direito à sua autonomia e esta deve ser respeitada. Parece-me, no entanto, insustentável que o Bloco volte a apoiar um candidato que agora com um cargo de responsabilidade toma posições que, pessoalmente, me parecem pouco responsáveis. A última irresponsabilidade é a sua abstenção perante uma moção que exigia uma "avaliação ambiental mais profunda sobre o projecto Nova Alcântara".
Se a postura que Sá Fernandes tomou e que levou ao embargo das obras do túnel do Marquês foi louvável, esta postura de se abster perante estudos de interesse público está no campo oposto. Este deveria lutar pela transparência, como fez no caso Bragaparques, os bons projectos não receiam os estudos ambientais, pelo contrário os bons projectos desejam esses mesmo estudos e a sua transparência.

Cenas dos últimos capítulos

Na edição de hoje do Diário de Aveiro dá-se a conhecer os últimos desenvolvimentos do caso do CASCI.
Diz assim a notícia:
"Petições em favor de utentes do CASCI já recolheram centenas de assinaturas

A petição “on-line” (acessível no portal www.maisilhavo.com) a favor do alargamento do Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) do Centro de Acção Social do Concelho de Ílhavo (CASCI) conta já com mais de 500 assinaturas.

Paralelamente, circula outra em formato papel com perto de 1.500 subscrições recolhidas, adiantou uma das promotoras da iniciativa, Milú Calisto, mãe de um dos seis utilizadores da instituição ilhavense que atingiram a maioridade e que correm o risco de ver negada a sua permanência, dado que a Segurança Social alega ter detectado falta de espaço para os continuar a albergar.
A adesão às petições, porém, ainda não é suficiente, diz Milú Calisto. “Gostaria de ver a sociedade mais interessada por esta questão, que eu considero uma vergonha nacional”, referiu ao Diário de Aveiro, lamentando que não exista “meia-dúzia de tostões para garantir a permanência” daqueles utentes no CASCI, instituição que tem prestado os “cuidados especiais” de que carecem.
“É ridículo que num país dito tão democrático haja crianças que se encontram na clandestinidade. É ridículo que se espere há um ano por uma resposta de quem de direito. É ridículo que para além da vida difícil que estes pais levam, os deixem ainda em ânsias quanto ao futuro dos seus filhos”, acrescenta.
As petições dirigem-se à Câmara de Ílhavo, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, Presidência do Conselho de Ministros e Presidência da República.
Celestino Almeida, director do Centro Distrital da Segurança Social de Aveiro, já disse que o processo está a avaliado e que estão a ser estudadas soluções."

Não percam o próximo episódio porque nós também não!

terça-feira, novembro 11, 2008

Melhores que os "Oscars"

Os Precários Inflexíveis pretendem "reconhecer o mérito de alguns dos maiores responsáveis pela precariedade em Portugal, através de uma votação aberta na Internet". Para isso lançaram os Prémios Precariedade 2008 foram apresentados nesta terça-feira e os resultados serão anunciados na Gala Prémios Precariedade, a realizar em Dezembro, em Lisboa.

Descubra as diferenças

Como é óbvio o conteúdo dos dois discursos será bastante diferente (percebo muito poucas palavras em alemão), mas, se virmos os dois vídeos sem som, as semelhanças entre a linguagem corporal de uma e de outro quase nos "entram pelos olhos dentro" (assim mesmo com a redundância bem patente).



segunda-feira, novembro 10, 2008

Entrevistas na Manif

Para quem está de fora do protesto, poderão ser bastante esclarecedoras!


A antítese modelo de gestão português

O "guru" da Gestão arrasa por completo com o modelo dominante. Insuspeito de ser esquerdista não hesita em criticar as hierarquias impostas em detrimento das hierarquias naturais e democráticas. Como qualquer gestor que se preze, critica os despedimentos como forma de contrabalanço das contas internas, logicamente que essa medida representa, por si, um fracasso óbvio de gestão. Ao contrário de um discurso errado que não percebe que a tecnologia é fruto de capacidades humanas, volta a pôr a tónica na capacidade criativa humana e na necessidade de tratar os meios humanos de forma humana.




Entrevista à sic notícias

Um belo naco de realidade

Fui ver "A Turma" ou "Entre les murs" no original francês e gostei bastante. Se calhar não tanto quanto estava à espera, visto que as expectativas eram altas e existem pontas da história do filme pouco desenvolvidas, mas o balanço que faço é muito bom.
O filme é baseado no livro homónimo de François Bégaudeau, e documenta um ano lectivo de um professor e da sua turma numa escola num bairro problemático de Paris, que serve de espelho à constituição multi-étnica da sociedade francesa, que, por sua vez, reflecte os contrates multiculturais das grandes cidades de todo o mundo. O filme é protagonizado pelo professor que escreveu o livro que deu origem ao filme e pelos actores não-profissionais que compõem a turma de alunos, tendo estes sido escolhidos entre alunos de um liceu francês.
O "improviso" funciona tão bem que temos a sensação, do início ao fim do filme, de estarmos perante situações reais e não encenadas (nem que seja muito pouco). Vi no filme situações que se passaram nas minhas aulas ou tão idênticas que não foi difícil imaginar-me a "esgrimir" verbalmente com aqueles alunos/actores. Também posso afirmar que já presenciei situações mais graves em sala de aula e tenho absoluta consciência de que, comparados com alguns alunos reais, os do filme parecem "anjinhos". No entanto, nada disso esbate a naturalidade e a vivacidade com que são recriadas, ao longo do filme, as situações que acontecem actualmente nas salas de uma qualquer escola pública portuguesa ou mesmo mundial, em toda a sua volatilidade e variedade.
E visto que algumas tendências cinematográficas dos dias de hoje se orientam para a mistura entre documentário e ficcção, a realização de Laurent Cantet pareceu-me bastante actual.

domingo, novembro 09, 2008

Os vídeos da manif





Revista de Imprensa



As fotos da Manif

Todos os caminhos vão dar à Rua!

No rescaldo da MAIOR MANIFESTAÇÃO DE TODOS OS TEMPOS realizada por uma só classe profissional no nosso país, as conclusões a retirar são bastante óbvias:
- 120.000 professores (se é que não foram mais, não há maneira de saber uma vez que a PSP não tem autorização para divulgar!) demonstraram ao país e ao mundo que não restam mais vidas a este processo de avaliação;
- a ministra da Educação mantém o discurso do "SEGUE, SEGUE, SEGUE!";
- o primeiro-ministro continua a culpar os sindicatos por terem assinado o acordo (e assinaram! e erraram ao fazê-lo! e a maioria dos professores não gostou!) quando é flagrante que são as ESCOLAS e os seus DOCENTES (que não assinaram merda de acordo nenhum) quem está contra o processo de avaliação;
- os professores prometem continuar o braço de ferro e a luta continuará.

Posto isto, todos os caminhos vão dar à RUA!
Passo a explicar: se o Governo continuar a querer impor este modelo de avaliação à martelada, os professores voltarão a vir para a rua manifestar-se por todo o país; se o modelo for suspenso pelo ME isso só se poderá traduzir na demissão da equipa "Rodrigues/Lemos/Pedreira"; e, finalmente, se tudo se mantiver como está até às eleições legislativas de 2009, quem vem para a rua será o governo Sócrates (com uma não na frente e outra atrás!).
Depois não digam que não os avisaram!

sexta-feira, novembro 07, 2008

Olha a onda, olha a onda!

O DN acabou de publicar há vinte minutos atrás uma notícia esclarecedora: na manifestação de professores de amanhã são esperados mais cem autocarros do que na Marcha da Indignação, em Março deste ano. Por isso, cabe anunciar:

"Mobilização de sábado poderá exceder os 100 mil participantes"

Cá em Aveiro existe um provérbio que diz: "Há mais marés que marinheiros"!

quinta-feira, novembro 06, 2008

Numa democracia a sério...

...o Ministro das Finanças demitir-se-ia no dia seguinte. Teixeira dos Santos alega sigilo bancário para não esclarecer sobre 500 Milhões de Euros depositados no BPN referentes a reformas. É um disparate sem precedentes, é o mesmo que um depositante dizer desconhecer o que depositou há alguns dias porque existe uma "coisa" chamada sigilo bancário... Não faz sentido algum, o sigilo bancário existe na medida em que depositantes desconhecem os movimentos de outros depositantes, o depositante, obviamente, conhece os seus depósitos e movimentos. Por outro lado isto revela porque se mantem o sigilo bancário, o sigilo serve para nestes momentos poder manter a opacidade, serve para não prestar contas, serve a quem não cumpre a lei. Mas para "azar" do MF nem o sigilo bancário o salva neste caso. É inacreditável que o MF de Portugal desconheça o âmbito do sigilo bancário, mas pior é que o tente usar para não esclarecer os portugueses sobre o que Estado faz com dinheiro público. A demissão seria o passo lógico...numa democracia, claro.

quarta-feira, novembro 05, 2008

Que eu me engane....



...e que Obama não seja apenas mais um Presidente Americano e sim um democrata.

terça-feira, novembro 04, 2008

Faço plágio porque gosto do original!

Serve o texto que se segue de singela homenagem à obra que me serviu de inspiração. É uma tentativa de estabelecer uma espécie de "origem e evolução da conjuntura de crise" que temos vivido e resolvi intitulá-la:

Proposição da "Crisíada" financeira

As casas e as acções sobreavaliadas,
Que das Ocidentais terras Americanas,
Por todos os países se espalharam,
Deixando as economias em pantanas.
Em perigo deixaram os desgraçados,
Mais do que as guerras desumanas,
E entre gente remota desbarataram
As poupanças, que estas trabalharam!

E também as garantias insidiosas
Daqueles governos, que as foram dando,
Com falsa fé, ao império dessas viciosas
Instituições bancárias, que andam roubando
Àqueles cujas obras valorosas,
Ao longo da vida vão praticando;
Denunciando, espalharei por toda a parte,
Os roubos que os governos fazem, sem engenho nem arte.

Cessem as ditaduras do capital
E os rombos grandes que fizeram;
Calem-se os defensores do vil metal
Pela infâmia dos lucros que tiveram;
Que eu defendo o humanismo social,
E luto porque só assim se obtiveram
Direitos, que agora se tentam esbater
Quando é por eles que devemos combater!

Pode ser um bom presságio para sábado

É já sabido que, dia 8 de Novembro (no próximo sábado), os professores irão mais uma vez manifestar o seu desacordo com o processo de avaliação imposto pelo Ministério/Governo.
Para além disto, o Ministério é agora confrontado com o facto de, neste momento, mais de 150 escolas terem já suspendido o referido processo. E, segundo a Fenprof, mais 450 escolas estão a recolher assinaturas para o travar, sendo que a estas se somam mais cem escolas que "optaram por adiar consecutivamente os prazos, fazendo com que, na prática, a avaliação não esteja a avançar", como afirmou Francisco Almeida.
Ora, não é preciso ser um qualquer assessor de Sócrates nem ter um Magalhães à mão para somar os números do parágrafo anterior, se não vejamos: das cerca de 1200 escolas do ensino básico e secundário existentes no nosso país, 150 têm já o processo suspenso, e a estas juntam-se mais 450. Já nem vou falar das outras 100 para não dizerem que estou a fazer "engenharia" com os números, mas ao traduzirmos tudo isto numa expressão matemática, obtemos o seguinte resultado:

150 + 450 = 600 escolas são "APENAS" metade do total. E esta metade está a mostrar-se clara e inequivocamente contra este processo de avaliação. O que me leva a concluir que, independentemente do número de professores que estiverem presentes na manifestação nacional do próximo sábado, e tendo em conta que 2/3 da classe docente já se manifestaram no passado dia 8 de Março, é seguro afirmar que não é só metade das escolas e dos professores que está contra o bendito processo de avaliação mas sim a esmagadora maioria dos professores, se não mesmo a sua totalidade.