O problema deste artigo não é a opinião do rapaz, eu concordaria veementemente com o rapaz se os pressupostos do seu raciocínio fossem verdadeiros.
Luciano Amaral, que tem formação para fazer mais do que este blogue ou seja mandar uns bitaites, não quis assustar ninguém com a sua inteligência e por isso recusou-se a usá-la, obrigado meu caro que eu tenho um medo de intelectuais que me pélo.
Começa por criticar aqueles (como eu) que com a eleição do Hamas criticaram a administração norte americana, aonde este, pura e simplesmente, mente é que a crítica seja para com a democratização, a crítica é para com a reacção negativa de Bush. Ou seja este é que não respeitou a própria democratização que disse querer alargar, o professor universitário deu um mortal à retaguarda e conclui que esses mesmos críticos é que não respeitam a democratização.
"E assim se recupera aquela realpolitik ocidental segundo a qual se deveria apoiar certas ditaduras que servissem de tampão à erupção do radicalismo islâmico..."
Este aproveita o seu espaço de opinião para, à semelhança de Bush, descredibilizar os dois movimentos, a Fatah e o Hamas:
"Tal como o Hamas, a Fatah é uma organização destinada a destruir o Estado de Israel pela violência."
Mais uma tirada de génio:
"É, por isso, completamente ocioso o argumento de que o terrorismo continuaria porque Arafat, embora querendo, não o conseguiria controlar."
Ou seja, os ataques, legitimados pela democracia, por parte de Israel às forças de segurança palestinianas e o financiamento que Sharon oportunamente concedeu ao Hamas são na realidade um contributo precioso para estabilizar a Palestina...sim claro.
Mais uma pérola:
"A questão israelo-árabe tem uma única origem a recusa dos países e organizações políticas árabes em reconhecer o direito de Israel à existência."
A culpa, apesar disto...
"...essa colonização nunca existiria se, desde o início, os árabes tivessem aceite a solução dos dois Estados apresentada na Resolução 188 da ONU, de 1947."
....é dos palestinianos porque eles é que começaram. Perante este tipo de argumentação, só existe uma solução: mandar o opinador para o quarto de castigo e só permitir que este saia quando lhe começarem a crescer os pelos púbicos.
"A tragédia palestiniana continua e continuará por muito tempo."
Sim senhora, temos profeta...
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
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