Na minha opinião, um dos episódios mais burlescos da semana que está a chegar ao fim foi o pedido de "avaliação às faculdades mentais" do deputado João Carlos Gouveia. E isto porque, no dia anterior, este deputado tinha afirmado que o poder regional tem usufruído do "beneplácito e complacência dos órgãos de soberania", e da "cobardia de alguns magistrados do Ministério Público", situações que fazem da região "um verdadeiro paraíso criminal". Ora, no requerimento interposto lia-se que as palavras do deputado "indiciam demência, tal o absurdo e o insulto que revestem". Será mesmo?
Como se não bastasse, este pedido foi aceite pelo Presidente da Mesa da Assembleia Legislativa Regional e aprovado pelos deputados do PSD-M (que belo exemplo de representatividade!) visto que os restantes deputados abandonaram a sessão (Pudera!).
Para além disto, e tal como publicou o JN "em pouco mais de dez minutos os deputados do PSD "despacharam" a agenda de trabalhos constituída por 19 pontos, aprovando os diplomas social-democratas e chumbando as propostas da oposição." (Palmas meninos e meninas). Posto isto resta-me colocar a seguinte questão: será que o facto de estarmos a chegar ao Carnaval começa a afectar os espíritos dos deputados madeirenses? É que as perturbações do Alberto João não são novas para ninguém, por isso, resta saber se a "febre" está a alastrar!
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
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2 comentários:
Para começar confesso que o que se vive na Madeira, em geral, me causa enorme confusão... Mas confesso que até gostei da ideia - imaginem que se lembravam de fazer o mesmo a todos os deputados da Assembleia da República. Acham que havias muitos a passarem?
Era boa ideia uma avaliação dessas, aliás eles querem implementar esquemas de avaliação na função público, os deputados e membros de governo são "funcionários" do Estado, esquecem-se é muitas vezes disso.
Nesse aspecto e paradoxalmente quem se deve preocupar menos com avaliações de sanidade mental é o Alberto João Jardim, após estudarem o espécimen chegariam sempre ao fim do relatório com a seguinte conclusão: inqualificável.
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