quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Então toma lá um refresco de liberdade

Se por acaso passou pela cabeça do guru Dito Cujo que o silêncio deste assíduo leitor significava complacência com isto, está bem enganado, significa sim que tenho tido menos tempo.

Será que preciso dizer muito??... Será que tenho de dizer coisas que nem me apetece dizer para expressar que sinto-me soberano na possibilidade de dizer barbaridades? Não me parece, sou livremente responsável é certo, e livremente responsável vivo no meio dos intolerantes que tendem a despertar em nós a intolerância, estou cá para garantir que a resposta às barbaridades proferidas sejam a liberdade de os ignorar, satirizar, minimizar e fazer sentir a quem usa a liberdade de expressão o poder que esta tem. Que aqueles que usam a liberdade de forma irresponsável sejam vítimas da mesma, e não se transformem no vitoriosos conspiradores de choques culturais. A censura por sua vez é a vitória da intolerância, é como uma educação baseada na paulada constante, nós batemos e provavelmente geramos mais incompreensão do que geramos responsabilidade.

Mais uma vez afirmo, para quem não quer ser livremente responsável, aplica-se a tirania das palavras, aplica-se a ameaça do grafismo e a violência do silêncio.
P.S. Não confundir liberdade de expressão com liberdade de acção, no campo da acção a liberdade acaba quando começa a do outro a ser violada.
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6 comentários:

Anónimo disse...

Bonito, amigo João Dias. Mas lírico :))))) ehehe. Cá me cheira que tenhos dois gurus a discordar de mim: tu e o Dito Cujo. Paciência, tb estarmos sempre a concordar uns com os outros já não estava com nada :))

João Dias disse...

Sim é bastante lírico diga-se, mas consigo-te mostrar a forma de actuar que se compadece com este lirismo.

Mas discordas em que sentido?

Anónimo disse...

Em resposta ao teu comentário no devaneios, eu não fiz a apologia do Absolutismo. Fiz a apologia da maturidade, correcção e interesse intelectual suscitado por aquele texto do CMF em que ele defendia o absolutismo. são coisas manifestamente diferentes que se depreendem do post em que o cito e os comentários que lhe faço...Bem, vocês atiram pedras e pensam depois :)))Obrigadinho pelo comentário, amigo João, espero mais logo ter tempo para responder ao coro de críticas que tu e o Dito Cujo me deixaram :))

Max Spencer-Dohner disse...

Ora bolas, amigo João...se fosse um valor absoluto per si, eu não teria escrito no texto, como escrevi "Em resumo, caro Dito Cujo, entendo que a Liberdade de expressão tem limites(...)" Chiça...:))))

Anónimo disse...

Gostei João, e concordo com tudo o que escreveste, lírico ou não.
A única coisa que me parece que falta para estarmos a 100% de acordo é o facto de a liberdade de expressão, valor essencial das nossas sociedades, não pode ser imposta seja a quem for como o que fizémos com a estória das caricaturas de Maomé.
Mas isso sou eu, claro.

Já agora, não achas curioso na mesma semana David Irving ter sido condenado na Áustria e Ken Livingstone, mayor de Londres, ter tido o seu mandato suspenso por um mês, ambos por ter de alguma forma criticado/discutido/gozado com judeus?

Eu acho suspeito, mas pode ser a minha costela que adora teorias conspiracionistas... :-)

Max Spencer-Dohner disse...

É a MOSSAD, Dito Cujo, é a MOSSAD...malandros dos gajos! eheheheheheh