quinta-feira, janeiro 26, 2006

Não Hamas pachorra

As eleições na Palestina deram a vitória ao Hamas, movimento armado que agora obtém legitimação política. Este acontecimento pode se revelar extremamente positivo como também o contrário, se por um lado a vitória do Hamas relança as portas para que este comece optar pela via diplomática, pode também relançar o fanatismo legitimado democraticamente.
Mas se por um lado a evolução do Hamas ainda é uma incógnita e, por isso mesmo, uma esperança, a administração Norte Americana já demonstrou que o fanatismo é para ficar. Bush, em conferência de imprensa, fez saber que não negoceia com terroristas (ao contrário do pai).
Bush está assim em desrespeito para com os princípios democráticos que este disse querer "globalizar", um dos pressupostos é a aceitação dos resultados se cumpridos os requisitos básicos nas mesas de voto.
Mais uma vez a estratégia consiste em antecipar-se ao "Mal", por antecipação atacaram, por antecipação parecem querer descredibilizar o processo de paz.
São interessantes as palavras de Bush que aproveitou para criticar a Fatah e depois disse que o movimento Hamas também não podia conceber a paz, com certeza se a Palestina tivesse ouro negro em abundância e rapidamente era encontrada, pela ocupação militar, uma "alternativa democrática".

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