sexta-feira, janeiro 27, 2006

Desportista de sofá?


Aprecio bastante desporto e não me refiro a ficar em casa a beber cerveja e a reclamar com uns porque não correm e com outros porque a mãe tem ofício duvidoso. Refiro-me a um apreciador praticante, crítico e sem patologias do tipo "clubite aguda". Actualmente decorre o Open de Austrália, é um torneio excelente porque faz parte do Grand Slam e assim sendo este torneio oferece recompensas monetárias e pontuação mais volumosas. Se juntarmos a isto o facto de este ser disputado à melhor de cinco "sets" fica claro que este é um grande torneio e propício a grandes "maratonas" de voltas e reviravoltas. O meu gosto por ténis sobrevive muito à custa de jogadores como Federer, jogadores que aliam o rigor ao espectáculo. Federer é provavelmente o melhor jogador de todos os tempos, o mais completo e o mais espectacular, tem as qualidades de Sampras, nomeadamente o jogo de rede, o serviço, mais ocasionalmente o serviço-rede, às quais ainda junta mais consistência de fundo de court e uma capacidade de "virar o ponto" ainda maior. Depois de uma fase dominada pelo jovem Lleyton Hewitt, tornou-se evidente a necessidade do circuito profissional de ténis, ATP, ter jogadores espectaculares que estejam no topo e que assim atraiam mais gente a um desporto que peca por atrair, como espectadores, apenas praticantes e jet set que, ironicamente, não sabe o que é um set e, pior do que isso, não quer mesmo saber.

Sem comentários: