Existe um veneno para ratos (Racumin) que os impele de forma incrível, esse veneno exerce uma atracção sexual sobre o desgraçado tão forte que este vai de encontro ao local mesmo na presença de um ser humano. E porque é que eu mencionei isto, porque existem grandes semelhanças entre este caso e do amor neoliberal pela China, com a diferença de que num caso quem se lixa são as ratazanas que são atraídas ao local e no outro quem vai ao local é que lixa as ratazanas que por lá andam.

Será o neoliberal uma ratazana? Não, é apenas um ser humano com sentido de lucro...nada mais.
Reparo também que o neoliberalismo é uma ideologia versátil, isto porque os regimes políticos são todos bons desde que permeáveis à erosão dos direitos individuais em benefício do lucro de uns apaixonados, românticos e fogosos capitalistas, sempre prontos para "fazer amor" (ou foder, como queiram) [com] os trabalhadores.
Tal como nos problemas de Portugal, temos de voltar ao paleolítico para perceber a origem deste retrocesso mental que é defender a decadência do ser humano em prol de uns iluminados. Ora no paleolítico vivia uma espécie evoluida (quando comparada à actual) visto que existia uma verdadeira meritocracia, isto porque aqueles que produziam os artefactos (bens) eram os primeiros beneficiários dos mesmos. Havia uma ligação justa entre produzir e ser beneficiado por essa mesma produção, agora arranjamos um sistema sofisticado de roubo, em que em função de números e especulação sobre os mesmos conseguimos por quem trabalha a viver na miséria e quem coça a micose a gerir os lucros dessa mesma produção. O ser humano da actualidade vive fascinado por quem consegue tal sofisticação e ainda justificar tudo baseado (veja se lá) na meritocracia, vivemos fascinados pela aldrabice e ambicionamos sempre subir os padrões da mesma. O processo inteligente da actualidade não é o conhecimento, a descoberta ou processo de compreensão lógica e associativa da realidade é sim a forma como conseguimos manipularmo-nos mutuamente. Tenho sérias esperanças que o período actual venha a ser denominado pelos historiadores e sociólogos como "recticionismo", marcado pela audácia e astúcia de invadir os rectos uns dos outros sem no entanto deixar que se contraia o matrimónio.

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