terça-feira, outubro 14, 2008

Tão real como a morte


Talvez a única crença que me habite a mente seja a morte, acredito piamente na putrefacção e decomposição dos corpos, mas mesmo esta minha crença tem a sua racionalidade, é que ela prende-se com...como é que se diz...factos.

Acontece que existem crenças (sem aspas) que são só isso, afirmações sem base no real, uma das que está a fazer mossa na actualidade é a crença no mercado como entidade com regulação (sobre)natural e com uma "lei" chamada de oferta e procura que dispensa agentes de equilíbrio tais como políticas sociais e fiscalização.

Escrevo este post para dar conta de uma notícia (Bodies of the dead not being buried in echo of Winter of Discontent as effects of credit crunch spread across Britain) que retrata a colisão destes dois mundos, o da morte e o dos mercados infinitos. Acontece que vamos ter de esperar que a "lei" da oferta e procura apareça para resolver o problema e depois deixar a lei da natureza tratar da putrefacção e decomposição.
Há que dar "crédito" aos mortos...

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