segunda-feira, dezembro 28, 2009

Defina conhecimento relativo...

"O grande desafio passa logo por começarmos com a complicada missão de eleger o novo Reitor. Não conhecemos ninguém (eu e os restantes membros externos que integram o CG) e temos um conhecimento relativo da Universidade. Depois há também docentes que podem ser belíssimos professores mas não perceberem qual a missão da universidade. Vai ser uma escolha muito difícil: primeiro, não conheço os candidatos, segundo, vai ser um processo aberto ao público; terceiro, vai obrigar-nos a questionar violentamente, no bom sentido, os candidatos para ter a certeza de que escolheremos um candidato que sirva o interesse da universidade nos próximos anos"

A mercantilização do ensino superior é por demais óbvia, não deixa de ser sintomático que o Presidente do Conselho Geral seja proveniente de uma empresa conhecida pelo seu sector de distribuição alimentar. Ainda espero por uma parceria Pingo Doce-UA, onde os licenciados estagiam no dito supermercado, quem diz que o desemprego é mau não sabe mesmo o que é capitalismo.


Alexandre Soares Santos admite que tem um "conhecimento relativo" da Universidade mas, apesar disso, avisa que havendo bons professores estes podem não saber qual a missão da Universidade. Portanto: "não conheço isto muito bem, mas apesar disso estou disposto a descartar grandes académicos com anos de casa porque eu sei qual a missão e eles não". Confuso? Pelo contrário, bastante esclarecedor. Isto, parecendo que não, diz muito dos critérios de escolha...dou uma pista, não são critérios académicos.

A UA está a pagar o preço de ter uma reitora que, não querendo discussão política na Universidade, faz um jogo permanente de influências políticas ou alguém acharia que se passa uma instituição de ensino superior público para fundação de direito privado sem mais nem menos?


1 comentário:

Rui Maio disse...

Eu acrescentaria apenas isto (apesar de ser óbvio): a UA passou de instituição de ensino superior público para fundação de direito privado graças a quê?

"Ah, e tal, parece que foi por decisões... políticas!"