quinta-feira, fevereiro 04, 2010

A crise artificial e a real

Desconfio que esta crise artificial a propósito da lei das finanças regional na realidade seja uma crise criada porque o "Risco da dívida portuguesa bate recorde".
Aplicada a receita à Grécia as atenções parecem-se virar para Portugal, os mercados financeiros pressionam os Estados Nação, aproveitando a sua fragilidade para um bom negócio. De salientar que para um governo que se apresentava com o dogma do rigor orçamental (quando na realidade aplicava a contenção assimétrica juntamente com o regabofe para os mercados financeiros) este é um duro golpe com graves consequências para o país. Não querendo ser alarmista, a continuar esta política das agências de rating ao serviço dos seus clientes, os Estado Nação podem estar a hipotecar o seu futuro a especuladores. O capitalismo português expôs-nos ao capitalismo global onde não há amigos, os especuladores que querem fazer um bom negócio com a compra de títulos de tesouro do Estado Português querem lá saber do bom discipulo Sócrates, querem mesmo é agarrar esta oportunidade.

Ana Sá Lopes em comentário na televisão, sugeriu por diversas vezes que Sócrates estaria mesmo com vontade de abandonar a governação. Por um lado pode ser o expoente máximo do clima de chantagem, por outro, tendo em conta o clima social e este novo dado começo a achar que a hipótese, sendo especulativa, já foi mais irrealista.

Sem comentários: