Fui ver "A Turma" ou "Entre les murs" no original francês e gostei bastante. Se calhar não tanto quanto estava à espera, visto que as expectativas eram altas e existem pontas da história do filme pouco desenvolvidas, mas o balanço que faço é muito bom.
O filme é baseado no livro homónimo de François Bégaudeau, e documenta um ano lectivo de um professor e da sua turma numa escola num bairro problemático de Paris, que serve de espelho à constituição multi-étnica da sociedade francesa, que, por sua vez, reflecte os contrates multiculturais das grandes cidades de todo o mundo. O filme é protagonizado pelo professor que escreveu o livro que deu origem ao filme e pelos actores não-profissionais que compõem a turma de alunos, tendo estes sido escolhidos entre alunos de um liceu francês.
O "improviso" funciona tão bem que temos a sensação, do início ao fim do filme, de estarmos perante situações reais e não encenadas (nem que seja muito pouco). Vi no filme situações que se passaram nas minhas aulas ou tão idênticas que não foi difícil imaginar-me a "esgrimir" verbalmente com aqueles alunos/actores. Também posso afirmar que já presenciei situações mais graves em sala de aula e tenho absoluta consciência de que, comparados com alguns alunos reais, os do filme parecem "anjinhos". No entanto, nada disso esbate a naturalidade e a vivacidade com que são recriadas, ao longo do filme, as situações que acontecem actualmente nas salas de uma qualquer escola pública portuguesa ou mesmo mundial, em toda a sua volatilidade e variedade.
E visto que algumas tendências cinematográficas dos dias de hoje se orientam para a mistura entre documentário e ficcção, a realização de Laurent Cantet pareceu-me bastante actual.
O filme é baseado no livro homónimo de François Bégaudeau, e documenta um ano lectivo de um professor e da sua turma numa escola num bairro problemático de Paris, que serve de espelho à constituição multi-étnica da sociedade francesa, que, por sua vez, reflecte os contrates multiculturais das grandes cidades de todo o mundo. O filme é protagonizado pelo professor que escreveu o livro que deu origem ao filme e pelos actores não-profissionais que compõem a turma de alunos, tendo estes sido escolhidos entre alunos de um liceu francês.
O "improviso" funciona tão bem que temos a sensação, do início ao fim do filme, de estarmos perante situações reais e não encenadas (nem que seja muito pouco). Vi no filme situações que se passaram nas minhas aulas ou tão idênticas que não foi difícil imaginar-me a "esgrimir" verbalmente com aqueles alunos/actores. Também posso afirmar que já presenciei situações mais graves em sala de aula e tenho absoluta consciência de que, comparados com alguns alunos reais, os do filme parecem "anjinhos". No entanto, nada disso esbate a naturalidade e a vivacidade com que são recriadas, ao longo do filme, as situações que acontecem actualmente nas salas de uma qualquer escola pública portuguesa ou mesmo mundial, em toda a sua volatilidade e variedade.
E visto que algumas tendências cinematográficas dos dias de hoje se orientam para a mistura entre documentário e ficcção, a realização de Laurent Cantet pareceu-me bastante actual.
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