Em notícia do DN de hoje, diz Poul Rasmussen (o "pai" do primeiro modelo de flexigurança) que o trabalhador médio na Dinamarca muda de emprego 15 a 20 vezes, mas mais de metade destas mudanças ocorrem dentro da própria empresa, ou seja, são promoções (não tenho problemas nenhuns com "estas" mudanças).
Outro dos factos apresentados é tão somente este: na Dinamarca um trabalhador que seja posto fora do seu emprego "leva, em média, 10 a 14 dias" a encontrar uma alternativa, garante o "pai" da flexigurança. Já no nosso país, o mesmo processo leva mais de um ano.
Qual a conclusão que retiro disto tudo?
Eu até nem me importava de mudar 100 vezes de emprego DESDE QUE TIVESSE UM (que não fosse precário) ou soubesse que mesmo em caso de despedimento, ao fim de duas semanas estava outra vez a trabalhar. Agora com a situação que se vive em Portugal as coisas são bastante diferentes...
Para finalizar Rasmussen afirma ainda que "não se pode competir com salários baixos, mas sim com altas qualificações". De facto, este parece ser o caminho menos mau, mas mais uma vez, em Portugal, 8,6% dos desempregados tem formação superior... nada de alarmante visto que estes 8,6% são apenas 40 411 pessoas.
P.S. - Oh João! estamos perante mais uma minoria!
quarta-feira, junho 06, 2007
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2 comentários:
Daí todos se agarrem ao empregozinho, que maldizem e amaldiçoam mas não largam, como uma droga que nem bem sabe mas que muito mal faz. Se não fizesse tanto frio na Dinamarca e os dias não fossem tão cinzentos...
Pedro:
Se a solução ao seu emprego for o desemprego...acho que percebo a razão de se agarrarem ao actual.
Além disso a mobilidade é muito bonita, mas mudar de pousio não é assim tão simples. Se eu ganhar 2500 euros por mês e puder pagar uma habitação a pronto é uma coisa, se ganho 450 euros por mês, tenho 3 filhos e nem posso sonhar em pagar um décimo da casa a pronto...é outro.
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