Gosto de Da Weasel desde que eles apareceram por aí. Nessa altura, eu tinha 14 anos e a música que prendeu a minha atenção chamava-se "Adivinha quem voltou". Era uma "fusão de muito som" (parafraseando a letra) que misturava uma guitarra rock, um baixo funk, uma batida que fazia lembrar beatbox e uns scratches para completar o ramalhete!
Era assim que se podiam definir os Da Weasel e é assim que eles continuam hoje em dia. O novo álbum Amor, Escárnio e Maldizer vem confirmar isso mesmo. Muitos dirão que se afastaram do movimento underground que os caracterizou nos anos iniciais, mas, do meu ponto de vista, isso deveu-se a uma evolução muitíssimo positiva em termos musicais. Mesmo assim, a fusão continua presente nas canções do novo álbum. Ora com a Czech National Symphonic Orchestra, ora com Bernardo Sassetti ou mesmo com os Gato Fedorento.
Neste álbum encontram-se canções vindas dos mais variados quadrantes: o single "Dialectos da Ternura" é a canção mais "orelhuda" mas dificilmente é a melhor; as letras continuam a fazer-nos pensar e até o José Luís Peixoto escreveu uma (muito bem conseguida); e os interlúdios estabelecem uns momentos de pausa entre as várias faixas!
Mais haveria para dizer (longe de mim querer fazer uma análise exaustiva) mas deixo aqui apenas as minhas primeiras impressões...
Quem quiser saber mais pode sempre visitar o site oficial da banda onde se pode encontrar a letra das canções e ouvi-las todas na íntegra!
P.S. - Fico a aguardar os espectáculos ao vivo!
sexta-feira, abril 13, 2007
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2 comentários:
Não quero ser desmancha prazeres, mas ouvi o CD todo e é uma grande merda na minha modesta opinião.
São perfeitamente capazes de fazer melhor do que aquilo.
Pior: o CD é pop, mas não Hip-Hop, está cheio de remisturas das mesmas letras com versões musicais diferentes que nada acrescentam à qualidade dos tipos,e só uma das musicas lá é que é mesmo da weasel em estilo descrito por ti, a que se chama Niggaz.
Dialectos de ternura é bom como letra e musica mas é pop.
"amor escárnio e maldizer" também e razoável,bem como o "sistema do sistema".
Mas no resto é muito fraquinho.
Um CD com 9 instrumentais ou interlúdios o segundas versões é um engano.
Pessoalmente fiquei muito desiludido, porque se calhar esperava muito, mas acho que foi um CD feito apenas para preencher espaço e justificar a temporada de concertos de verão....
Amigo pedro silva,
Não deve ser por não corresponder ao hip-hop que era esperado que devemos (ou podemos) dizer que é mau ou fraco. Os génios são assim apelidados por nos supreenderem e não fazerem o que nós contamos que façam. A doninha vai dando guinadas, aqui e ali, e não se acomoda em prateleiras ou gavetas pré-formatadas. Na minha opinião estão muito bem, como um polvo que vai tocando com os seus tentáculos vários universos. Tá-se bem.
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