Se por um lado é a coisa mais certa desta vida e ao mesmo tempo, a coisa que mais relutância temos em aceitar, relembrar pode ser, portanto, uma forma de valorizar a vida (já os budistas dizem que temos de ter sempre presente a nossa mortalidade, que devemos inclusivamente pensar nisso diariamente, como forma de evoluirmos enquanto pessoas), por outro lado, fazer disso "arte"...
Por outro lado ainda, podia ser uma chamada de atenção para a forma como os cuidados paliativos ainda estão tão áquem do que as pessoas merecem (pelo menos em Portugal). Bem, mas isso sou eu que me estou a dispersar e não me parece que a intenção fosse essa.
Por acaso uma das intenções era mesmo essa...ou pelo menos em Portugal a imprensa levou para esses lados. Mas quando se mata por petróleo e se morre de fome, esta exposição apenas denuncia (sem os saber) que é um luxo nos podermos confrontar com a falta humanidade na morte.
Eu até penso que não deve ser voyerismo, mas parece que é preciso sempre chocar (a mim sinceramente não me choca nada) para chamar a atenção. E para ser sincero existe uma coisa que não é falada mas que a mim me parece ser verdade, por muito que simules, que penses na morte, só quando a realidade te confrontar com ela é que de facto reages a ela, é como simular dor, podemos simular mas sentir...não me parece.
Iniciativa interessante! A mim parece-me de facto, uma tentativa sincera de lembrar as pessoas da existência da morte. Embora me pareça que é como o João diz, só pensamos realmente na morte quando nos vemos confrontados com ela. Quanto ao voyerismo, é mais uma coisa deste género: http://doismaisdoisigualacinco.blogspot.com/2006/10/jeans-3.html A sucessão de fotografia artística já vai no ponto 3... :))
hopes&dreams: Pelo menos é um voyerismo muito mais agradável...cof cof. Quanto à temática anterior, eu também acho que será uma tentativa honesta, até porque o voyerismo não incomoda por si, incomoda quando é feito sem o consentimento dos intervenientes. O Big Brother pode ser um passo em frente no abismo da qualidade televisiva, mas diga-se que os intervenientes é que se sujeitaram a essas condições...e não estavam a morrer de fome para se sujeitar àquilo.
4 comentários:
Pois...sinceramente também não sei.
Se por um lado é a coisa mais certa desta vida e ao mesmo tempo, a coisa que mais relutância temos em aceitar, relembrar pode ser, portanto, uma forma de valorizar a vida (já os budistas dizem que temos de ter sempre presente a nossa mortalidade, que devemos inclusivamente pensar nisso diariamente, como forma de evoluirmos enquanto pessoas), por outro lado, fazer disso "arte"...
Por outro lado ainda, podia ser uma chamada de atenção para a forma como os cuidados paliativos ainda estão tão áquem do que as pessoas merecem (pelo menos em Portugal). Bem, mas isso sou eu que me estou a dispersar e não me parece que a intenção fosse essa.
Por acaso uma das intenções era mesmo essa...ou pelo menos em Portugal a imprensa levou para esses lados.
Mas quando se mata por petróleo e se morre de fome, esta exposição apenas denuncia (sem os saber) que é um luxo nos podermos confrontar com a falta humanidade na morte.
Eu até penso que não deve ser voyerismo, mas parece que é preciso sempre chocar (a mim sinceramente não me choca nada) para chamar a atenção. E para ser sincero existe uma coisa que não é falada mas que a mim me parece ser verdade, por muito que simules, que penses na morte, só quando a realidade te confrontar com ela é que de facto reages a ela, é como simular dor, podemos simular mas sentir...não me parece.
Iniciativa interessante! A mim parece-me de facto, uma tentativa sincera de lembrar as pessoas da existência da morte. Embora me pareça que é como o João diz, só pensamos realmente na morte quando nos vemos confrontados com ela.
Quanto ao voyerismo, é mais uma coisa deste género: http://doismaisdoisigualacinco.blogspot.com/2006/10/jeans-3.html
A sucessão de fotografia artística já vai no ponto 3... :))
hopes&dreams:
Pelo menos é um voyerismo muito mais agradável...cof cof.
Quanto à temática anterior, eu também acho que será uma tentativa honesta, até porque o voyerismo não incomoda por si, incomoda quando é feito sem o consentimento dos intervenientes. O Big Brother pode ser um passo em frente no abismo da qualidade televisiva, mas diga-se que os intervenientes é que se sujeitaram a essas condições...e não estavam a morrer de fome para se sujeitar àquilo.
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